Pesquisar este blog

15.9.25

Inteligência Artificial e Poder: Qual a Verdade que pode estar por Trás do Medo em Relação às Novas Tecnologias

Monica Leite Psicologa e Cristã

Psicologia Social Crítica e o desafio da democratização tecnológica

Descubra como a Inteligência Artificial impacta o acesso ao conhecimento e os desafios éticos e sociais envolvidos, sob a ótica da Psicologia Social Crítica.

Inteligência Artificial e Poder: Qual a Verdade que pode estar por Trás do Medo em Relação às Novas Tecnologias

A revolução do acesso à informação

Com a chegada dos buscadores digitais e, depois, dos celulares com internet, o mundo viveu uma verdadeira revolução no acesso à informação.

De repente, o conhecimento deixou de estar restrito às bibliotecas físicas, às universidades e a um pequeno grupo de especialistas que se colocavam como os “donos da verdade”.

Essa mudança, no entanto, não aconteceu sem resistência. Muitos acadêmicos e setores da sociedade criticaram essa democratização, alegando que ela poderia banalizar o conhecimento ou facilitar a desinformação.

Hoje: a ascensão das Inteligências Artificiais (IAs)

O que aconteceu com os buscadores digitais está se repetindo agora com as Inteligências Artificiais.

Assim como os buscadores no passado, as IAs rompem estruturas tradicionais de poder, pois ampliam drasticamente as formas de produzir, acessar e compartilhar conhecimento.

Sob a perspectiva da Psicologia Social Crítica e Histórica, entendemos que nenhuma tecnologia é neutra

Cada inovação se insere em relações sociais, históricas e de poder, e é justamente por isso que a chegada das IAs gera polêmicas:
  • Não é apenas um debate técnico, mas também político, ético e cultural.
  • O que está em jogo é quem controla e define o acesso a essa tecnologia.

O risco da exclusão digital e intelectual

É fundamental estabelecer responsabilidade ética, ambiental, marcos legais e critérios claros de uso para qualquer tecnologia de grande impacto.

Mas existe um risco: o discurso do “perigo” pode ser usado como ferramenta de controle e exclusão.

Se restringirmos o acesso à IA apenas a elites acadêmicas, empresariais ou governamentais, repetiremos as mesmas desigualdades históricas que já conhecemos.

Isso vai contra a própria essência da democratização do conhecimento e dos valores defendidos pela Psicologia Social Crítica.

Educar para o uso crítico: o verdadeiro desafio

O verdadeiro desafio não é proibir ou limitar a IA, mas educar para seu uso crítico e consciente.

Isso significa:

  • Incentivar consciência social e coletiva sobre os impactos da tecnologia.
  • Promover acesso democrático, com oportunidades para todos.
  • Criar condições para que o conhecimento gerado com IA sirva à emancipação, e não à dominação.

Assim como a internet transformou como aprendemos, ensinamos e nos relacionamos, a IA pode ser uma ferramenta de transformação social profundadesde que o debate seja aberto, coletivo e inclusivo.

Um futuro que precisa ser coletivo

A Inteligência Artificial não é o fim da autonomia humana, mas um convite à reflexão coletiva sobre o tipo de sociedade que queremos construir.

Se usada de forma democrática e ética, ela pode quebrar barreiras históricas de exclusão e desigualdade.

Mas se controlada por poucos, pode se tornar mais uma ferramenta de dominação.

O caminho, portanto, é debater, educar e democratizar, para que a tecnologia esteja a serviço da liberdade e da justiça social — pilares defendidos pela Psicologia Social Crítica e Histórica.

🔍 Fontes para pesquisa

  • BRYNJOLFSSON, Erik; McAFEE, Andrew. A Segunda era das Máquina

O livro foi publicado em 2014 e trata de como a tecnologia digital, especialmente a inteligência artificial e a automação, está transformando radicalmente a economia, o trabalho e a sociedade. Os autores chamam este período de “Segunda Era das Máquinas”, em contraposição à Revolução Industrial (a “Primeira Era das Máquinas”), que mecanizou tarefas físicas. A ideia central é: não estamos apenas melhorando máquinas; estamos vivendo um salto exponencial na capacidade tecnológica, que cria oportunidades enormes, mas também sérios desafios. Computadores, IA, algoritmos e redes digitais estão crescendo de forma exponencial, permitindo fazer coisas que antes eram exclusivas de humanos, como análise de dados complexos ou decisões estratégicas. Diferente da Revolução Industrial, essa tecnologia afeta trabalho intelectual e criativo, não só físico. A automação está substituindo tarefas repetitivas, mas também criando novas oportunidades em áreas que exigem criatividade, inovação e colaboração. Surge um dilema: desigualdade de renda entre quem consegue se adaptar às novas tecnologias e quem não consegue. Impacto econômico e social. O futuro exigirá aprendizado contínuo, criatividade, pensamento crítico e colaboração. Brynjolfsson e McAfee defendem que a tecnologia em si não é boa nem ruim. O impacto depende de como a sociedade, governos e empresas a utilizam. Quem consegue se adaptar e usar a tecnologia de forma estratégica terá enormes vantagens. Quem não se adaptar corre o risco de exclusão econômica e social. É a promessa de abundância, mas também o desafio de não deixar ninguém para trás.
  • CASTELLS, Manuel. A sociedade em rede: a era da informação.

Publicado em 1996, o livro faz parte da trilogia “A Era da Informação” e examina como as redes de informação estão transformando a sociedade, a economia e o poder. Castells introduz o conceito de “sociedade em rede”, na qual o fluxo de informações e conexões digitais redefine relações sociais, políticas e econômicas. A premissa central é: vivemos numa sociedade organizada não mais por hierarquias fixas, mas por redes flexíveis de comunicação e poder, impulsionadas pela tecnologia da informação. Redes substituem hierarquias tradicionais como estrutura dominante. Empresas, governos e comunidades estão cada vez mais interconectados através da informação digital, e a eficácia depende da capacidade de integrar-se nessas redes. Informação e conhecimento são os recursos mais valiosos da economia contemporânea - “informação como poder”, mostrando que quem controla fluxos de dados tem influência estratégica. Redes conectam o mundo globalmente, mas criam desigualdades regionais e locaisMudanças nas redes de comunicação alteram a forma como as pessoas se organizam, trabalham e se relacionam. Cultura, política e identidade são impactadas por redes digitais, criando novas formas de mobilização social.

  • FOUCAULT, Michel. Microfísica do poder.

Publicado em 1979, “Microfísica do Poder” uma coletânea de aulas e palestras de Foucault sobre o funcionamento do poder na sociedade. O foco principal é como o poder não se concentra apenas em instituições formais (como o Estado ou o governo), mas se exerce em pequenas interações e práticas cotidianasA premissa central é: o poder está em toda parte, porque ele se manifesta nas relações sociais e nos comportamentos individuais, e não apenas em grandes decisões políticas ou econômicas. O poder não é apenas algo que alguém possui e exerce de cima para baixo. Ele se manifesta em microinterações, regras sociais, normas culturais e práticas de disciplina. Quem define o que é verdade, conhecimento ou normalidade também exerce poder, como a medicina, psicologia e ciência produzem categorias que legitimam o controle social. O poder se exerce através da observação constante, não necessariamente pela força. Foucault usa o exemplo do Panóptico (prisão projetada para que os presos nunca saibam quando estão sendo observados) como metáfora da sociedade moderna. Onde há poder, há resistência. O poder não é apenas um trono ou uma lei; ele se esconde nos olhares, nos hábitos e nas palavras. Onde alguém observa, disciplina ou nomeia, o poder se insinua — e sempre há espaço para a resistência silenciosa.

  • HARARI, Yuval Noah. 21 lições para o século 21.

Publicado em 2018, o livro é uma reflexão sobre os desafios mais urgentes que a humanidade enfrenta no século XXI, especialmente em termos de tecnologia, política, sociedade e ética. Harari combina história, filosofia e ciência para analisar como o progresso tecnológico, incluindo a inteligência artificial, está transformando o mundo. A premissa central é: vivemos um período de mudanças rápidas e profundas, e é crucial entender como nos adaptar a um mundo de incertezas, informação massiva e riscos globais. Inteligência artificial e biotecnologia podem superar habilidades humanas em várias áreas. Questões éticas surgem sobre controle de dados, manipulação genética e impacto da automação no trabalho. O excesso de informação exige pensamento crítico para distinguir verdade de mentira. Redes sociais e algoritmos podem manipular opiniões e decisões políticas. Valores antigos são desafiados por mudanças tecnológicas e científicas. Aprender a lidar com incertezas, ambiguidade e complexidade é fundamental. Educação, adaptação e aprendizado contínuo são essenciais para sobreviver e prosperar. Harari propõe uma reflexão sobre como usar o conhecimento e o poder para o bem coletivo. Já que o século XXI é definido por velocidade, complexidade e interconexão. O futuro depende de nossa capacidade de entender a tecnologia, proteger os valores humanos e agir com ética e consciência coletiva. Ele alerta: quem não se adapta às novas realidades arrisca ficar à margem da sociedade.

  • VYGOTSKY, Lev S. A formação social da mente.

Publicado em 1934, “A Formação Social da Mente” é uma obra clássica da psicologia e da pedagogia que apresenta a teoria sociocultural do desenvolvimento humano. Vygotsky argumenta que o desenvolvimento cognitivo não ocorre isoladamente, mas é influenciado pelas interações sociais, cultura e linguagem. A premissa central é: a mente se forma e se transforma por meio das relações com outras pessoas e pelo uso de ferramentas culturais, como a linguagem, os símbolos e os sistemas de conhecimento. O aprendizado acontece através da interação com o meio cultural e com pessoas mais experientes. Ferramentas culturais, como livros, números, linguagem e tecnologia, mediacionam o desenvolvimento da mente. A Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP) é sobre à diferença entre o que a pessoa consegue fazer sozinha e o que consegue fazer com ajuda de alguém mais experiente. A educação eficaz se baseia em trabalhar dentro dessa zona para estimular crescimento cognitivo. Habilidades como raciocínio, memória e atenção são socialmente construídas, e não apenas maturacionais. O desenvolvimento depende da participação ativa em práticas sociais e culturais. A linguagem é uma ferramenta essencial para organizar o pensamento e a aprendizagem. A mente humana é como uma árvore que cresce guiada pelo solo da cultura e regada pelo diálogo; sozinha, não alcança seu pleno florescimento, mas com outros e com ferramentas certas, alcança alturas inimagináveis.

Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:
Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

Atestado Psicológico e Legislação: O Que Todo Psicólogo e Pacientes-Clientes Precisam Saber!

Mônica Leite Psicóloga e CRistã

Atestado Psicológico e Legislação: O Que Todo Psicólogo e Pacientes-Clientes Precisam Saber!

O atestado psicológico é um documento essencial, na prática, profissional da Psicologia. Ele não apenas atesta a condição de saúde emocional de uma pessoa, mas também serve como respaldo técnico e legal para afastamentos, justificativas de ausência ou avaliações de aptidão.

Muitos profissionais ainda têm dúvidas sobre como emitir o atestado, qual é o amparo legal e quais são os limites éticos dessa prática. Neste artigo, vamos esclarecer esses pontos com base na legislação vigente e nas Resoluções do Conselho Federal de Psicologia (CFP).

💡 Objetivo: Este conteúdo tem caráter informativo e reflexivo, não substituindo a consulta direta às legislações e resoluções oficiais.

Por Que o Atestado Psicológico É Tão Importante

O atestado psicológico é mais do que um documento: ele representa a responsabilidade técnica do psicólogo e a proteção ao paciente ou colaborador.

Emitir esse documento corretamente:

  • Protege o psicólogo de responsabilidades legais;
  • Garante os direitos do paciente e da empresa;
  • Promove um atendimento ético e humanizado.
  • Legislações e Normas que Amparam o Psicólogo

1. Resolução CNS nº 218/1997

Reconhece o psicólogo como profissional de saúde de nível superior, promovendo a integração interdisciplinar na área da saúde.

2. Lei nº 5.766/1971

Estabelece a criação do Conselho Federal e dos Conselhos Regionais de Psicologia, definindo a estrutura jurídica da profissão.

3. Resolução CFP nº 015/1996

Define as regras para emissão de atestados psicológicos, incluindo:

  • Obrigação de arquivar documentação técnica;

  • Possibilidade de afastamento de até 15 dias.
    Para períodos superiores, o colaborador deve ser encaminhado ao INSS.

4. Resolução CFP nº 007/2003

Institui o Manual de Elaboração de Documentos Escritos, trazendo padronização, validade e guarda de documentos psicológicos.

5. Resolução CFP nº 006/2019

Atualiza e amplia os documentos psicológicos, incluindo atestado, laudo e relatório.
O Art. 10 destaca que o atestado psicológico pode justificar afastamento, aptidão ou dispensa, sempre fundamentado em avaliação psicológica.

6. Parecer CRP-RS (7ª Região)

Reafirma que, mesmo diante de resistência institucional, o atestado psicológico tem validade legal, com base na Lei nº 5.766/1971 e resoluções do CFP.

Reflexão Importante: Valorização da Profissão

Antes de tudo, é preciso refletir: riqueza e pobreza são conceitos marcados por múltiplos fatores sociais e econômicos. Muitos psicólogos, principalmente os que estudaram em instituições privadas, investem valores altíssimos em formação: graduação, cursos, congressos e especializações.

Esse alto investimento financeiro, muitas vezes ultrapassando R$ 100.000, torna ainda mais injusto que profissionais trabalhem por remunerações baixas ou até de forma gratuita.

Refletir sobre isso é fundamental para buscarmos valorização e condições dignas de trabalho na Psicologia.

Acesse a matéria completa Todos os Psicólogos no Brasil São Ricos? Um Olhar sobre remuneração e desafios na Profissão!

Referências 

BRASIL. Conselho Nacional de Saúde (CNS). Resolução nº 218, de 6 de março de 1997. Diário Oficial da União, Brasília, 6 mar. 1997.

BRASIL. Presidência da República. Lei nº 5.766, de 20 de dezembro de 1971. Diário Oficial da União, Brasília, 21 dez. 1971.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução nº 015/1996. Brasília, 1996.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução nº 007/2003. Brasília, 2003.

CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA. Resolução nº 006/2019. Brasília, 2019.

CONSELHO REGIONAL DE PSICOLOGIA DO RIO GRANDE DO SUL. Parecer sobre validade do atestado psicológico. Porto Alegre, 2015.

Palavras-chaves: 

  • Atestado psicológico
  • Legislação do psicólogo
  • Resolução CFP 015/1996
  • Direitos do psicólogo
  • Documentos psicológicos
  • Validade do atestado psicológico
Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:
Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

Todos os Psicólogos no Brasil São Ricos? Um Olhar sobre remuneração e desafios na Profissão!

Mônica Leite Psicóloga e CRistã

Todos os Psicólogos no Brasil São Ricos? Um Olhar Sobre Remuneração, Desigualdades e Desafios na Profissão.

Quando falamos sobre a profissão de psicólogo no Brasil, muitas pessoas imaginam uma carreira financeiramente estável, com consultórios bem equipados e uma agenda lotada de pacientes.

Mas a realidade, na maioria das vezes, é bem diferente.

Neste artigo, vamos entender a distribuição geográfica dos psicólogos, as diferenças de remuneração por região, e refletir sobre como a desigualdade impacta não só os profissionais, mas também a acessibilidade da população aos serviços de saúde mental.

Antes de tudo, é importante lembrar: riqueza e pobreza não são conceitos simples — elas são moldadas por uma série de fatores econômicos, sociais, culturais e até emocionais. Por isso, esta reflexão não tem a intenção de dar uma resposta definitiva, mas de provocar pensamento crítico sobre a realidade da profissão de psicólogo no Brasil.

Muitos psicólogos, principalmente aqueles que se formaram em instituições privadas, fazem um investimento significativo para entrar e se manter na área. Só na graduação, o custo médio pode ultrapassar R$ 100 mil, sem contar os gastos com cursos de aperfeiçoamento, congressos, supervisões e especializações — que são praticamente obrigatórios para quem deseja oferecer um atendimento ético e atualizado.

Esse dado por si só já traz uma grande provocação: se investimos tanto para construir nossa carreira, por que ainda precisamos lutar para trabalhar quase de graça?

Essa desigualdade fica ainda mais evidente quando pensamos que, enquanto alguns profissionais conseguem cobrar valores condizentes com seu conhecimento e dedicação, outros precisam reduzir drasticamente o preço de suas sessões para se adaptar à realidade econômica da região onde atuam.

Essa situação não é apenas injusta do ponto de vista financeiro, mas também emocional. Ela gera frustração, desgaste e até adoecimento psicológico em quem se dedica a cuidar da saúde mental de outras pessoas, mas não encontra valorização adequada para o seu próprio trabalho.

Refletir sobre isso não é um convite ao desânimo, e sim uma oportunidade de repensarmos juntos:

  • Como podemos valorizar mais nossa profissão?

  • Que mudanças estruturais são necessárias para que os psicólogos recebam uma remuneração justa?

  • E, principalmente, como podemos construir uma sociedade que entenda que cuidar da mente é tão essencial quanto cuidar do corpo?

Essa discussão vai além da questão financeira. É sobre dignidade, reconhecimento e o futuro da psicologia no Brasil.

Monica Leite Psicóloga e CRistã

Quanto custa tornar-se psicóloga no Brasil: todos os investimentos envolvidos

De acordo com a pesquisa que eu fiz por tipo de instituição (pública vs. privada) e custos extras além da graduação.

Tipo / Cenário Mensalidade média da graduação Duração do curso Custos adicionais estimados durante a graduação
Universidade Pública (federal ou estadual) Gratuidade da mensalidade para quem for aprovado (sem mensalidades) ~5 anos Transporte, alimentação, moradia se for necessário; livros e materiais; taxas de matrícula/políticas universitárias; eventuais custos de estágio; especializações pós-graduação
Instituição Privada (mensalidade média) ~ R$ 1.000/mês — pode variar bastante para mais (chegando a R$ 2.500-3.000 ou mais) dependendo da reputação, localização e estrutura. (mundovestibular.com.br) ~5 anos

Outros custos durante a graduação
: matrícula, taxas de laboratório, biblioteca; material didático; deslocamentos; possivelmente aluguel se a faculdade for longe; alimentação; equipamentos ou softwares específicos; também participação em seminários, congressos; e estágio (que pode envolver custo de deslocamento, material, supervisão)

Exemplos práticos

  • Há faculdades particulares cujas mensalidades variam entre R$ 440 até cerca de R$ 3.000, dependendo da instituição e da cidade e da reputação ou status. (mundovestibular.com.br)

  • Com bolsas ou descontos, esses valores podem ficar significativamente menores, às vezes menos de R$ 500. (Quero Bolsa)

  • Instituições mais renomadas ou com estrutura mais cara tendem a cobrar mensalidades maiores, assim como aquelas em capitais ou grandes centros urbanos. (blog.voomp.com.br)

Custos além da graduação

É importante incluir no cálculo:

  1. Material didático – livros, artigos, softwares, testes psicológicos, equipamentos específicos, etc.

  2. Deslocamento / Transporte – tanto para ir à faculdade, quanto para estágios clínicos ou institucionais.

  3. Moradia / Alimentação – se precisar se mudar para outra cidade ou capital para estudar.

  4. Tempo de estudo e dedicação – custo de oportunidade: o tempo que não se trabalha ou que se trabalha menos para estudar.

  5. Especialização, cursos de pós, congressos, supervisões – muitos profissionais “atualizam” seus conhecimentos ou se especializam, o que exige mais investimento financeiro e de tempo.

  6. Taxas universitárias diversas – matrícula, taxas de laboratório, biblioteca, estágio supervisionado, cobranças administrativas, etc.

Estimativa total acumulada

Se somarmos todos os custos em um cenário privado médio:

  • Mensalidades: R$ 1.000 × 5 anos = R$ 60.000

  • Materiais, transporte, moradia, alimentação, taxas etc: isso pode dobrar ou até triplicar o investimento “oficial” dependendo da cidade, do padrão de vida, da necessidade de se mudar, etc.

  • Especializações e cursos extras pós-graduação: podem somar muitos milhares de reais adicionais ao longo da carreira.

Reflexão crítica

  • Esse investimento não é pequeno, e muitas vezes pesa bastante no bolso de quem vem de famílias de baixa renda ou de regiões mais pobres.

  • O valor pago para se formar pode ser alto — mas a remuneração, especialmente nos primeiros anos, ou em regiões menos favorecidas, pode demorar para compensar.

  • Existe desigualdade de acesso: quem pode pagar mensalidades elevadas, cursos extras e mora em grandes centros tem mais facilidade de fazer esse investimento completo; quem não pode, muitas vezes assume uma rota mais difícil, com menos recursos, menos oportunidades.

  • Isso torna mais clara a injustiça quando muitos psicólogos acabam trabalhando com honorários baixos ou em situações precárias, mesmo após investir tanto.

1. Distribuição dos Psicólogos no Brasil

De acordo com dados do Conselho Federal de Psicologia (CFP), em 2025, o Brasil conta com 562.751 psicólogos registrados.

  • Perfil profissional:

    • 79,2% mulheres

    • 20,1% homens

    • A maioria (50%) tem até 39 anos de idade

  • Formação acadêmica:

    • 72% se formaram em instituições privadas

    • 27% em instituições públicas

1.1 Concentração geográfica

Existe uma forte concentração no Sudeste, especialmente em São Paulo, que sozinho responde por 28% dos psicólogos do país. 

O Nordeste aparece em segundo lugar, seguido pelo Sul e Centro-Oeste. O Norte tem o menor número de profissionais.

Psicólogos por habitante

A média nacional é de 2,10 psicólogos para cada 1.000 habitantes. No entanto, essa densidade varia bastante:

Estado                        Psicólogos por 1.000 habitantes
Distrito Federal 4,71
Rio de Janeiro 3,22
Rondônia 3,01
Maranhão 0,69
Pará 0,71
Tocantins 1,10

🔹 Dado preocupante: Nove em cada dez cidades brasileiras têm menos de um psicólogo por mil habitantes no SUS, o que evidencia a desigualdade de acesso aos serviços de saúde mental, principalmente em regiões mais pobres.

2. Remuneração e Desigualdades

Quando o assunto é remuneração, a realidade parece ser heterogênea. Os rendimentos variam de acordo com fatores como:

  • Tipo de vínculo (autônomo, CLT ou servidor público)

  • Localização geográfica

  • Especializações

  • Tempo de carreira

  • Área de atuação

  • entre outras. 

Dados de rendimento

Segundo o CensoPsi, grande parte dos psicólogos que atuam de forma autônoma ou voluntária têm rendimentos baixos:

  • 61,2% recebem até 3 salários mínimos

  • Apenas 6% ganham mais de 10 salários mínimos

Diferença salarial por região (dados do DIEESE)


Região            Média salarial mensal


Sul R$ 3.774
Sudeste R$ 3.497
Nordeste R$ 2.487
Média nacional R$ 3.412

💰 Por hora: Em média, psicólogos ganham R$ 28,79/hora no Brasil, com variações significativas entre regiões.

2.1 Valores de Sessões de Psicoterapia no Brasil

Um fator que evidencia ainda mais a desigualdade é o valor cobrado por sessões particulares, que muda bastante conforme a região e o público atendido.

Localidade                        Valor médio por sessão (50 minutos)



São Paulo - Capital R$ 150 a R$ 400
Rio de Janeiro - Capital R$ 130 a R$ 350
Capitais do Nordeste R$ 80 a R$ 200
Interior do Norte/Nordeste R$ 50 a R$ 120

Atendimentos ONLINE, Clínicas Escolas ou de ONGs podem variar de R$50 a R$80,00. 

Essa variação impacta diretamente a renda do psicólogo e também o acesso da população ao atendimento psicológico. Enquanto em grandes centros os profissionais podem cobrar valores mais altos, em cidades pequenas muitos precisam reduzir os preços para que a comunidade consiga pagar — o que resulta em baixa remuneração para o profissional.

Monica Leite Psicóloga Cristã

3. Psicólogos Mais Favorecidos vs. Menos Favorecidos

Mais favorecidos

Psicólogos que, em geral, têm maior estabilidade e renda estão em contextos como:

  • Regiões metropolitanas do Sudeste ou Distrito Federal.

  • Consultórios particulares em bairros de classe média e alta.

  • Atuação em áreas valorizadas, como psicologia jurídica, organizacional, hospitalar e avaliação psicológica.

  • Profissionais com múltiplos vínculos em hospitais, empresas ou universidades.

  • Proprietários de clínicas consolidadas.

💼 Exemplo: Um psicólogo clínico em São Paulo pode ganhar entre R$ 5.000 e R$ 6.000 mensais ou mais, dependendo da agenda, especializações e público atendido. Vale lembrar que os psicólogos tem despesas que serão descontadas deste valor: transporte, gasolina, alimentação entre outras. 

Menos favorecidos

Profissionais que enfrentam maiores desafios estão em situações como:

  • Regiões rurais ou remotas, principalmente no Norte e Nordeste.

  • Profissionais autônomos iniciando a carreira, sem clientela consolidada.

  • Psicólogos que atendem populações com baixa capacidade financeira, precisando reduzir valores das sessões.

  • Vínculos precários ou trabalhos voluntários, muitas vezes em serviços públicos ou projetos sociais.

💔 Exemplo: Em algumas regiões do interior, psicólogos não conseguem ultrapassar 3 salários mínimos mensais, e muitas vezes atuam em mais de um emprego para complementar a renda. O que leva ao esgotamento fisico e mental, impactando diretamente na qualidade do seus serviços. 

4. Piso Salarial: uma esperança ainda distante

Existe uma proposta em tramitação que busca estabelecer piso salarial nacional de R$ 4.750, com carga horária de 30 horas semanais.
No entanto, até o momento, não foi aprovado, o que mantém os profissionais em cenários de grande instabilidade financeira.

5. Desafios e Críticas

É importante refletir sobre alguns pontos que nem sempre aparecem nos números:

  • Dados autorrelatados: Pesquisas como o CensoPsi dependem de respostas voluntárias, o que pode gerar distorções na representatividade, principalmente de profissionais em regiões mais remotas.

  • Diferença entre ganho bruto e líquido: Muitos psicólogos autônomos têm custos elevados com aluguel de salas, impostos e deslocamentos, reduzindo significativamente o valor líquido que sobra no final do mês.

  • Custo de vida regional: Um salário de R$ 5.000 em São Paulo não equivale ao mesmo valor em cidades menores, onde o custo de vida é mais baixo — ou, inversamente, pode não ser suficiente em locais de alto custo.

  • Acesso desigual à especialização: Profissionais de regiões menores têm menos oportunidades de acesso a cursos de qualidade, estágios e redes de contato, ampliando as desigualdades dentro da própria profissão.

Reflexão Final

A psicologia no Brasil enfrenta grandes contrastes. Enquanto poucos profissionais prosperam em grandes centros, muitos outros lutam para manter sua prática viva em locais onde a população não tem condições de pagar por atendimentos e onde políticas públicas são insuficientes.

Essa desigualdade não afeta apenas os psicólogos, mas toda a sociedade, pois limita o acesso aos cuidados em saúde mental — algo essencial para a qualidade de vida e bem-estar coletivo.

💭 Pergunta para você refletir: Como podemos, como sociedade, construir um futuro onde a saúde mental seja valorizada, e os psicólogos tenham condições justas de trabalho e remuneração?

Fontes e Referências Oficiais


Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:
Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

13.8.25

DNA 99,9% igual: o que isso realmente significa e qual a sua relação com o emagrecimento

Descubra como compartilhar 99,9% do DNA reforça o papel de hábitos, ambiente e neurociência no emagrecimento saudável e consciente.

Tags: DNA 99,9% igual e comportamento, neurociência e emagrecimento consciente, genética e hábitos alimentares, projetos genômicos no Brasil, diversidade genética brasileira, medicina de precisão SUS, neuroplasticidade e mudança de hábitos, Programas Genomas Brasil

Monica Leite Psicóloga

1. DNA 99,9% igual: o que isso realmente significa

O genoma humano é formado por cerca de 3 bilhões de pares de bases — e 99,9% desses pares são compartilhados entre todos os seres humanos. Isso significa que apenas 0,1% do DNA é responsável pelas pequenas diferenças individuais, como cor da pele, predisposição a doenças e até aspectos de personalidade e funcionamento cerebral.

Transforme-se em 8 semanas alcançando o peso desejado com estratégias que respeitam seu corpo e sua mente.


2. Implicações para o emagrecimento consciente

  • Neuroplasticidade e mudança de hábitos: Nosso cérebro se molda por meio da repetição de comportamentos. Hábitos saudáveis como mastigar devagar, praticar refeições conscientes e se movimentar com regularidade podem fortalecer circuitos neurais que suportam o emagrecimento sustentável.

  • Genética como pano de fundo, não destino: Mesmo com certas predisposições genéticas (como metabolismo mais lento), o ambiente e o comportamento podem compensar ou mesmo superar essas predisposições.

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Técnicas de TCC ajudam a identificar e reestruturar pensamentos e emoções relacionados à fome emocional, impulsividade alimentar e sedentarismo.

Transforme-se em 8 semanas alcançando o peso desejado com estratégias que respeitam seu corpo e sua mente.


3. Exemplos práticos com base em dados brasileiros

Projeto DNA do Brasil
Matéria G1 compartilhada por Monica Leite
Fonte da imagem

Um estudo publicado na Science em 15 de maio de 2025 analisou o genoma completo de 2,7 mil brasileiros de diferentes regiões e revelou que o Brasil possui a maior diversidade genética do mundo, (o mais miscigenado do mundo) apesar de o DNA humano ser 99,9% igual (Na Mídia FAPESP).

Encontraram 8,7 milhões de variações genéticas inéditas, entre as quais muitas estão associadas a obesidade, metabolismo, IMC, colesterol e padrões de sono (Na Mídia FAPESP, BBC). Essas descobertas podem orientar ações de saúde pública e estratégias personalizadas de emagrecimento consciente.

Programa Genomas Brasil

Lançado em outubro de 2020, esse programa do governo federal visa sequenciar 100 mil genomas brasileiros completos para fortalecer a medicina de precisão no SUS, com investimento de cerca de R$ 600 milhões nos primeiros quatro anos (Wikipédia).

Projetos como o Genoma-SUS (USP/FMRP) e Genomas Raros (Albert Einstein) buscam integrar genética e saúde pública para oferecer diagnósticos e tratamentos personalizados, inclusive para doenças metabólicas e relacionadas ao peso (Revista Pesquisa Fapesp, Wikipédia).


4. Conexões com o emagrecimento consciente

Monica Leite Psicóloga
  • Personalização de dieta e estilo de vida: Com base no perfil genético, estratégias podem ser ajustadas (por exemplo, foco em metabolismo, resposta à insulina, predisposição a retenção de gordura, etc.).

  • Equidade e representatividade genética: Saber que o Brasil é geneticamente diverso reforça a necessidade de abordagens inclusivas e culturalmente sensíveis nos programas de saúde e emagrecimento.

  • Neurociência aplicada à alimentação consciente: O conhecimento do impacto genético em fatores como apetite, saciedade e metabolismo pode fundamentar práticas como mindfulness, planejamento alimentar e suporte psicológico.


5.1. TCC: Todos temos cérebros que aprendem e mudam

Apesar das pequenas diferenças genéticas (0,1%), a estrutura funcional do cérebro é praticamente a mesma entre todos os seres humanos. Isso é fundamental para a TCC, porque:
  1. Todos somos capazes de aprender novos padrões de pensamento e comportamento.
  2. Isso reforça a ideia de que crenças disfuncionais, pensamentos automáticos e hábitos podem ser modificados com estratégias adequadas.
  3. A TCC trabalha com modelos cognitivos que se aplicam universalmente, porque nosso cérebro processa emoções, memórias e julgamentos de maneira semelhante.
👉Ou seja: ninguém está “preso” ao que é, devido ao DNA. Todos têm o mesmo potencial neurobiológico para mudar. O que sugere que outras condições precisam ser alteradas como, por exemplo: acesso a informação e recursos. 

5.2. Neuroplasticidade: A semelhança genética sustenta a capacidade de transformação

A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se reorganizar com base em experiências, comportamentos e aprendizagens. O dado genético de 99,9% de similaridade sustenta que:
  1. Essa capacidade não é privilégio de alguns — todos têm potencial de mudança cerebral.
  2. Com práticas consistentes (como reestruturação cognitiva, mindfulness ou mudanças de hábitos), os circuitos neurais podem ser modificados.
🔄 Isso é a base do sucesso de intervenções terapêuticas e programas de mudança de estilo de vida: a biologia nos favorece — só precisamos ativá-la com intenção e repetição.

5.3. Emagrecimento consciente: Mais do que genética, é comportamento + ambiente

Muitas pessoas acreditam que estão "presas" ao próprio corpo ou peso por questões genéticas. Mas se 99,9% do nosso DNA é igual:
  1. As diferenças no peso, alimentação e saúde estão muito mais ligadas ao ambiente, crenças, emoções, hábitos e contexto social do que a “destino genético”.
  2. Isso fortalece a ideia de emagrecimento como processo de autoconsciência e autorregulação, mais do que de “culpa” genética.
  3. A TCC, aliada à neuroplasticidade, pode reprogramar a relação com a comida, reduzir impulsividade e trabalhar com gatilhos emocionais.
✅ A boa notícia: todos têm a estrutura cerebral e genética mínima necessária para mudar, desenvolver novos hábitos e alcançar o seu bem-estar.

Peso Feliz foi organizado com base nestes achados, afinal é possível sim: 
  1. Desconstruir crenças limitantes ("eu sou assim porque nasci assim", "é genético").
  2. Promover esperança baseada em ciência — mostrando que mudança é biologicamente possível e que a genética não é destino.
  3. Usar respaldo neurocientífico às técnicas da TCC para turbinar sua jornada de emagrecimento saudável. 
6. Conclusão

Embora compartilhemos 99,9% do DNA, o 0,1% que nos diferencia — combinado com ambiente, cultura e experiência — é o que realmente molda nossa saúde e nossa capacidade de emagrecimento consciente e duradouro. Os avanços em genética no Brasil e o uso da neurociência para modificar hábitos são poderosas ferramentas para uma abordagem mais humana, efetiva e personalizada.

Transforme-se em 8 semanas alcançando o peso desejado com estratégias que respeitam seu corpo e sua mente.


+Referências
  • Estudo do “DNA do Brasil”, evidenciando a maior diversidade genética do mundo e variantes associadas a metabolismo, IMC e doenças (Na Mídia FAPESP, BBC).

  • Programa Genomas Brasil, Genoma-SUS e Genomas Raros, que conectam genômica e saúde pública no SUS (Wikipédia, Revista Pesquisa Fapesp).

Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:
Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

Bruxismo intensificado por ansiedade e estresse: causas, consequências e tratamento interdisciplinar

monica Leite Psicóloga

Bruxismo agravado por ansiedade e estresse pode causar fraturas dentárias. Saiba causas, sintomas e tratamentos com base em estudos da Unifesp e USP.

Bruxismo intensificado por ansiedade e estresse: causas, consequências e tratamento interdisciplinar

O bruxismo é um distúrbio caracterizado pelo ato involuntário de ranger ou apertar os dentes, que pode ocorrer durante o dia (bruxismo de vigília) ou à noite (bruxismo do sono). Embora não seja considerado uma doença, a condição pode provocar dores musculares, desgaste dentário e, em casos mais graves, fraturas dentárias.

Nos últimos anos, estudos e relatos clínicos têm mostrado que ansiedade e estresse estão entre os principais fatores que agravam o quadro. Essa relação é tão significativa que muitos profissionais de saúde defendem uma abordagem de tratamento interdisciplinar, envolvendo dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e médicos.

O que é bruxismo e como se manifesta

O bruxismo é uma atividade muscular parafuncional — ou seja, não relacionada às funções normais da mastigação, fala ou deglutição. Ele pode ocorrer:
  1. Durante o sono: muitas vezes sem que a pessoa perceba, mas perceptível por parceiro(a) ou em exames como a polissonografia.
  2. Durante a vigília: em momentos de concentração, tensão ou ansiedade, com apertamento consciente ou inconsciente dos dentes.
  3. Dentistas tem ajudado na identificação ao notar em seus pacientes desgastes, quebras e trincas em dentes. 
Os sintomas mais comuns incluem:
  1. Dor ou fadiga muscular na face, mandíbula e pescoço.
  2. Desgaste visível nos dentes.
  3. Sensibilidade dentária.
  4. Dores de cabeça, especialmente ao acordar.
  5. Estalos ou dor na articulação temporomandibular (ATM).
A influência da ansiedade e do estresse

O bruxismo tem causas multifatoriais, envolvendo predisposição genética, fatores neurológicos, distúrbios do sono e, principalmente, fatores psicossociais.

Pesquisas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) indicam que altos níveis de ansiedade e estresse não apenas aumentam a frequência dos episódios de bruxismo, como também intensificam a força aplicada, o que eleva o risco de danos dentários.

Durante períodos de estresse prolongado, como o fim de um ciclo acadêmico ou crises pessoais (ex.: pandemia), há maior ativação do sistema nervoso simpático, responsável pelas respostas de "luta ou fuga". Isso pode gerar hiperatividade muscular involuntária durante o dia ou à noite.

Além disso:
  1. Ansiedade pode causar tensão muscular constante, inclusive na face e mandíbula.
  2. Estresse crônico interfere na qualidade do sono, que, por sua vez, está associada ao aumento do bruxismo.
  3. Insônia ou sono fragmentado reduzem o tempo de sono reparador e favorecem episódios de ranger os dentes.
Consequências: do desgaste à fratura dentária

Geralmente, o bruxismo provoca desgaste progressivo dos dentes, mas em quadros graves pode causar fraturas dentárias ou até mesmo fraturas ósseas.

Outras complicações incluem:
  1. Retração gengival.
  2. Dor crônica na ATM.
  3. Dores cervicais e nos ombros.
  4. Cefaleia tensional.
Casos relatados na mídia e em clínicas odontológicas confirmam que pacientes com bruxismo associado a altos níveis de estresse podem perder parte ou todo o dente devido à força excessiva aplicada durante o ranger.

Abordagem interdisciplinar no tratamento

Por envolver múltiplos fatores, o bruxismo exige uma abordagem multidisciplinar. 

As estratégias mais indicadas incluem:
  1. Odontologia
  2. Confecção de placas oclusais (miorrelaxantes) para proteger os dentes.
  3. Ajuste de mordida e reabilitação dentária, quando necessário.
  4. Psicologia / Psiquiatria
  5. Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para controle de ansiedade.
  6. Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para reorganização do ciclo sono-vigília. 
  7. Técnicas de manejo de estresse, como mindfulness e respiração diafragmática.
  8. Fisioterapia / Fonoaudiologia
  9. Exercícios para relaxamento muscular da face e pescoço.
  10. Correção de hábitos posturais.
  11. Medicina do sono
Avaliação e tratamento de distúrbios como insônia e apneia.

A especialista em odontologia do sono Laís Valencise Magri, da USP, ressalta que controlar a ansiedade, melhorar a higiene do sono e identificar o apertamento diurno são passos fundamentais para reduzir o problema.

Dicas práticas para prevenir e controlar o bruxismo
  1. Identifique situações em que você aperta os dentes e relaxe a mandíbula.
  2. Evite cafeína e álcool antes de dormir.
  3. Mantenha rotina de sono regular e ambiente de descanso adequado.
  4. Procure apoio psicológico para manejo da ansiedade.
  5. Consulte o dentista regularmente para avaliação preventiva.
Referências acadêmicas e institucionais

Universidades e Faculdades
  • Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) — Pesquisa sobre relação entre bruxismo, qualidade do sono e ansiedade. Disponível em: repositorio.unifesp.br
  • Universidade de São Paulo (USP) — Estudo transversal associando bruxismo a ansiedade, depressão e pior qualidade do sono. Disponível em: revistas.usp.br
  • Universidade Federal Fluminense (UFF) — Revisão integrativa sobre fatores psicológicos e bruxismo. Disponível em: periodicos.uff.br
  • PUCRS — Pesquisa sobre fatores psicossociais no bruxismo de vigília e do sono. Disponível em: editora.pucrs.br
  • UNIFESO — Revisão literária sobre estresse, bruxismo e DTM. Disponível em: revista.unifeso.edu.br
Órgãos e instituições
  • Hospital Paulista — Relatório sobre prevalência mundial e abordagem do bruxismo. Disponível em: hospitalpaulista.com.br
  • Ministério da Saúde — Diretrizes sobre distúrbios orofaciais relacionados ao sono. Disponível em: www.gov.br/saude
Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

Inteligência Artificial e Poder: Qual a Verdade que pode estar por Trás do Medo em Relação às Novas Tecnologias

Psicologia Social Crítica e o desafio da democratização tecnológica Descubra como a Inteligência Artificial impacta o acesso ao conhecimento...