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A Terapia Cognitivo Comportamental

Na década de 60, os estudos de Aaron Beck, desafiou a forma de compreender a depressão. Utilizando como base o modelo explicativo, o COGNITIVO, descobriu que a depressão não é resultado da raiva voltada contra o self (como postulava os psicanalistas de sua época) e sim uma inclinação a interpretar os acontecimentos de forma negativa. Assim a Terapia Cognitiva começou ganhar corpo e forma, e teve diversas influências teóricas e filosóficas; entre elas, destacamos Adler (1936) e Horney (1950), que afirmavam que o comportamento é determinado pelo modo como o indivíduo vê o mundo e a si mesmo. Albert Ellis (1962), com estudos sobre crenças irracionais como fonte das conseqüências emocionais perturbadoras. Albert Bandura (1977), com seus estudos sobre modelação e autoeficácia. E Mahoney (1974) com teorias sobre processamento da informação. Além de contribuições filosóficas como a de Epitectus – século I, que afirmava: “O que perturba o ser humano não são os fatos, mas a interpretação que ele faz dos fatos”.

De acordo com Beck (1993) a Terapia Cognitivo Comportamental (TCC), que tem como base pressupostos cognitivos e comportamentais. Abrange intervenções psicoterapêuticas, que tem como objetivo: produzir mudanças nos pensamentos, nos sistemas de significados, proporcionar transformação emocional e comportamental duradoura; dar autonomia ao cliente, contribuir com o alívio ou a remissão total dos sintomas dos transtornos mentais, e promover melhor enfrentamento das dificuldades emocionais e comportamentais.

A Terapia Cognitivo Comportamental é uma ciência empiricamente validada, e sua eficácia já está comprovada para uma grande quantidade de transtornos psiquiátricos (depressão, ansiedade, pânico, TOC, transtorno bipolar, entre outros). Apesar de considerar a importância das influências biológicas e sociais na manutenção dos problemas mentais. A cognição, função da consciência relacionada às deduções feitas acerca das experiências de vida, é o principal elemento envolvido na manutenção dos transtornos psicológicos. Ou seja, no modelo cognitivo é proposto que os transtornos psicológicos decorrem de um modo distorcido ou disfuncional de perceber os acontecimentos, influenciando o afeto e o comportamento.

Desta maneira, o foco do terapeuta cognitivo-comportamental será obter mudanças cognitivas através de uma avaliação realista da situação e da modificação do pensamento, produzindo, conseqüentemente, uma melhora no humor e no comportamento dos clientes. Neste sentido é comum o uso de técnicas comportamentais e cognitivas para auxiliar neste processo. J. Beck (1997) ressalta que as mudanças emocionais e comportamentais serão duradouras se resultarem da modificação de crenças disfuncionais mais profundas, subjacentes a pensamentos automáticos.


Neste método três níveis de cognições são considerados:

Pensamentos automáticos (PA): fazem parte de um fluxo de processamento cognitivo subjacente ao processamento consciente, pré-consciente, são particulares a todas as pessoas, ocorrem de maneira rápida, através da avaliação do significado de episódios de sua vida.

Crenças intermediárias: são regras, atitudes ou suposições, são afirmações do tipo “se... então” ou “deveria” que se apresentam de modo inflexível e imperativo, podem ser chamadas de pressupostos subjacentes ou condicionais ou de crenças associadas.

Crenças centrais: formam um conjunto de crenças, em geral, coerentes que oferecem apoio às crenças centrais com as quais apresentam relação, foram aprendidas e somadas umas às outras ao longo da vida, no intuito de dar significado a si, ou outro e ao mundo (futuro).

Na atualidade a Terapia Cognitiva Comportamental tornou-se um método pautado em sólida filosofia, que faz uso de um conjunto de técnicas cientificamente comprovada e eficaz no tratamento de diversos transtornos mentais. Baseia-se na visão teórica de que os sentimentos e os comportamentos de uma pessoa são influenciados pela forma como uma pessoa interpretar a si, aos outros e o mundo (futuro), as interpretações estão carregadas de crenças e regras que foram sendo construídas ao longo do desenvolvimento.

Referências

KNAPP, Paulo (org). Terapia Cognitivo-Comportamental na Prática Psiquiátrica. Porto Alegre. Artmed:2004. BECK, Judith. Terapia Cognitiva: Teoria e Prática. Porto Alegre. Artmed: 1997.

Paulo Knapp Demonstra uma Sessão de Terapia Cognitivo Comportamental

Psicologia Cognitiva: Esquemas, Culturas e Significados

Ansiedade e Tratamentos

Terapia Cognitiva vs TCC, por Giovanni K. Pergher

Ciência Comportamental Contextual na Prática Clínica é o tema no Terapia Cognitiva Podcast

Terapia Cognitiva em Grupo - Entrevista com a Dra. Carmem Beatriz Neufeld

Terapia Cognitiva Podcast com Renato Caminha

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