Os serviços psicológicos e o COVID-19...
Estamos vivendo um momento ímpar em sociedade devido à pandemia do novo corona
vírus (COVID-19), a nossa certeza é, após esta situação não seremos mais os
mesmos. Pois estamos sendo empurrados para novos modos de trabalho e relações. Mais
do que uma precaução individual, as medidas de distanciamento e isolamento social se tornaram uma precaução coletiva, e de suma importância no âmbito da saúde pública.
Já há
um consenso este cenário provoca uma série de implicações sociais e econômicas além
das emocionais e relacionais. Sendo necessário pensarmos em diversas formas de lidar com as consequências
e enfrentamento desta pandemia, que se tornou um período delicado, exigindo responsabilidade,
cautela e colaboração.
O surto do corona vírus, fez com que as autoridades
começassem a perceber que o isolamento e distanciamento social, ligados a já conhecida quarentena, tem tido impacto relevante na saúde mental da população. Estudos internacionais têm notado
um aumento de sintomas emocionais como o medo, solidão, insegurança, confusão
mental, raiva e ansiedade.
O que
desencadeia este abalo emocional é não saber quanto tempo durará a quarentena
(o ser humano tem a necessidade de controle e previsibilidade), o medo da infecção,
frustração frente ao problema, tédio e solidão, a falta de suprimentos pois afeta
a sobrevivência, a crise financeira e social, o boom de informações que mudam
quase todos, aprender rápido a separar a informação verdadeira da falsa e o
estigma da doença.
Frente a isto, é de suma importância que os profissionais de saúde
mental, em especial os psicólogos, desenvolvam estratégias que possam amenizar ou ressignificar a vivência na pandemia, a fim de melhorar o abalo emocional, além e
incentivar o altruísmo, a solidariedade, a fé e a esperança frente a esta situação.
Uma das estratégias é ressignificar a nova rotina que nos foi imposta e tirar dela boas lições.
As estratégias podem estar ligadas a:
- Desenvolver um novo estilo de vida,
- Repensar as relações,
- Praticar a fé e a esperança,
- Descobrir novas formas de contato sociais,
- Perceber seus dons e talentos,
- Brincar com as crianças e se aproximar dos adolescentes,
- Aproveitar a companhia do outro ao invés de criticar,
- Cuidar um pouco mais de você,
- Apreciar cada presente que a vida dá (o sol, a lua, as estrelas, o vento),
- Aprender a ser mais solidário, todos podem ajudar em algo,
- Enviar mensagens de ânimo e superação,
- Olhar o outro com mais empatia e simpatia,
- Entender que o sofrimento não é o fim, mas sim uma rica escola que tem o poder de nos tornar mais humanos.
- Aprender sempre …
Continuamos
nossa conversa sobre este tema na parte 3, até lá.
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