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13.8.25

DNA 99,9% igual: o que isso realmente significa e qual a sua relação com o emagrecimento

Descubra como compartilhar 99,9% do DNA reforça o papel de hábitos, ambiente e neurociência no emagrecimento saudável e consciente.

Tags: DNA 99,9% igual e comportamento, neurociência e emagrecimento consciente, genética e hábitos alimentares, projetos genômicos no Brasil, diversidade genética brasileira, medicina de precisão SUS, neuroplasticidade e mudança de hábitos, Programas Genomas Brasil

Monica Leite Psicóloga

1. DNA 99,9% igual: o que isso realmente significa

O genoma humano é formado por cerca de 3 bilhões de pares de bases — e 99,9% desses pares são compartilhados entre todos os seres humanos. Isso significa que apenas 0,1% do DNA é responsável pelas pequenas diferenças individuais, como cor da pele, predisposição a doenças e até aspectos de personalidade e funcionamento cerebral.

Transforme-se em 8 semanas alcançando o peso desejado com estratégias que respeitam seu corpo e sua mente.


2. Implicações para o emagrecimento consciente

  • Neuroplasticidade e mudança de hábitos: Nosso cérebro se molda por meio da repetição de comportamentos. Hábitos saudáveis como mastigar devagar, praticar refeições conscientes e se movimentar com regularidade podem fortalecer circuitos neurais que suportam o emagrecimento sustentável.

  • Genética como pano de fundo, não destino: Mesmo com certas predisposições genéticas (como metabolismo mais lento), o ambiente e o comportamento podem compensar ou mesmo superar essas predisposições.

  • Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): Técnicas de TCC ajudam a identificar e reestruturar pensamentos e emoções relacionados à fome emocional, impulsividade alimentar e sedentarismo.

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3. Exemplos práticos com base em dados brasileiros

Projeto DNA do Brasil
Matéria G1 compartilhada por Monica Leite
Fonte da imagem

Um estudo publicado na Science em 15 de maio de 2025 analisou o genoma completo de 2,7 mil brasileiros de diferentes regiões e revelou que o Brasil possui a maior diversidade genética do mundo, (o mais miscigenado do mundo) apesar de o DNA humano ser 99,9% igual (Na Mídia FAPESP).

Encontraram 8,7 milhões de variações genéticas inéditas, entre as quais muitas estão associadas a obesidade, metabolismo, IMC, colesterol e padrões de sono (Na Mídia FAPESP, BBC). Essas descobertas podem orientar ações de saúde pública e estratégias personalizadas de emagrecimento consciente.

Programa Genomas Brasil

Lançado em outubro de 2020, esse programa do governo federal visa sequenciar 100 mil genomas brasileiros completos para fortalecer a medicina de precisão no SUS, com investimento de cerca de R$ 600 milhões nos primeiros quatro anos (Wikipédia).

Projetos como o Genoma-SUS (USP/FMRP) e Genomas Raros (Albert Einstein) buscam integrar genética e saúde pública para oferecer diagnósticos e tratamentos personalizados, inclusive para doenças metabólicas e relacionadas ao peso (Revista Pesquisa Fapesp, Wikipédia).


4. Conexões com o emagrecimento consciente

Monica Leite Psicóloga
  • Personalização de dieta e estilo de vida: Com base no perfil genético, estratégias podem ser ajustadas (por exemplo, foco em metabolismo, resposta à insulina, predisposição a retenção de gordura, etc.).

  • Equidade e representatividade genética: Saber que o Brasil é geneticamente diverso reforça a necessidade de abordagens inclusivas e culturalmente sensíveis nos programas de saúde e emagrecimento.

  • Neurociência aplicada à alimentação consciente: O conhecimento do impacto genético em fatores como apetite, saciedade e metabolismo pode fundamentar práticas como mindfulness, planejamento alimentar e suporte psicológico.


5.1. TCC: Todos temos cérebros que aprendem e mudam

Apesar das pequenas diferenças genéticas (0,1%), a estrutura funcional do cérebro é praticamente a mesma entre todos os seres humanos. Isso é fundamental para a TCC, porque:
  1. Todos somos capazes de aprender novos padrões de pensamento e comportamento.
  2. Isso reforça a ideia de que crenças disfuncionais, pensamentos automáticos e hábitos podem ser modificados com estratégias adequadas.
  3. A TCC trabalha com modelos cognitivos que se aplicam universalmente, porque nosso cérebro processa emoções, memórias e julgamentos de maneira semelhante.
👉Ou seja: ninguém está “preso” ao que é, devido ao DNA. Todos têm o mesmo potencial neurobiológico para mudar. O que sugere que outras condições precisam ser alteradas como, por exemplo: acesso a informação e recursos. 

5.2. Neuroplasticidade: A semelhança genética sustenta a capacidade de transformação

A neuroplasticidade é a capacidade do cérebro de se reorganizar com base em experiências, comportamentos e aprendizagens. O dado genético de 99,9% de similaridade sustenta que:
  1. Essa capacidade não é privilégio de alguns — todos têm potencial de mudança cerebral.
  2. Com práticas consistentes (como reestruturação cognitiva, mindfulness ou mudanças de hábitos), os circuitos neurais podem ser modificados.
🔄 Isso é a base do sucesso de intervenções terapêuticas e programas de mudança de estilo de vida: a biologia nos favorece — só precisamos ativá-la com intenção e repetição.

5.3. Emagrecimento consciente: Mais do que genética, é comportamento + ambiente

Muitas pessoas acreditam que estão "presas" ao próprio corpo ou peso por questões genéticas. Mas se 99,9% do nosso DNA é igual:
  1. As diferenças no peso, alimentação e saúde estão muito mais ligadas ao ambiente, crenças, emoções, hábitos e contexto social do que a “destino genético”.
  2. Isso fortalece a ideia de emagrecimento como processo de autoconsciência e autorregulação, mais do que de “culpa” genética.
  3. A TCC, aliada à neuroplasticidade, pode reprogramar a relação com a comida, reduzir impulsividade e trabalhar com gatilhos emocionais.
✅ A boa notícia: todos têm a estrutura cerebral e genética mínima necessária para mudar, desenvolver novos hábitos e alcançar o seu bem-estar.

Peso Feliz foi organizado com base nestes achados, afinal é possível sim: 
  1. Desconstruir crenças limitantes ("eu sou assim porque nasci assim", "é genético").
  2. Promover esperança baseada em ciência — mostrando que mudança é biologicamente possível e que a genética não é destino.
  3. Usar respaldo neurocientífico às técnicas da TCC para turbinar sua jornada de emagrecimento saudável. 
6. Conclusão

Embora compartilhemos 99,9% do DNA, o 0,1% que nos diferencia — combinado com ambiente, cultura e experiência — é o que realmente molda nossa saúde e nossa capacidade de emagrecimento consciente e duradouro. Os avanços em genética no Brasil e o uso da neurociência para modificar hábitos são poderosas ferramentas para uma abordagem mais humana, efetiva e personalizada.

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+Referências
  • Estudo do “DNA do Brasil”, evidenciando a maior diversidade genética do mundo e variantes associadas a metabolismo, IMC e doenças (Na Mídia FAPESP, BBC).

  • Programa Genomas Brasil, Genoma-SUS e Genomas Raros, que conectam genômica e saúde pública no SUS (Wikipédia, Revista Pesquisa Fapesp).

Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:
Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

Bruxismo intensificado por ansiedade e estresse: causas, consequências e tratamento interdisciplinar

monica Leite Psicóloga

Bruxismo agravado por ansiedade e estresse pode causar fraturas dentárias. Saiba causas, sintomas e tratamentos com base em estudos da Unifesp e USP.

Bruxismo intensificado por ansiedade e estresse: causas, consequências e tratamento interdisciplinar

O bruxismo é um distúrbio caracterizado pelo ato involuntário de ranger ou apertar os dentes, que pode ocorrer durante o dia (bruxismo de vigília) ou à noite (bruxismo do sono). Embora não seja considerado uma doença, a condição pode provocar dores musculares, desgaste dentário e, em casos mais graves, fraturas dentárias.

Nos últimos anos, estudos e relatos clínicos têm mostrado que ansiedade e estresse estão entre os principais fatores que agravam o quadro. Essa relação é tão significativa que muitos profissionais de saúde defendem uma abordagem de tratamento interdisciplinar, envolvendo dentistas, psicólogos, fisioterapeutas e médicos.

O que é bruxismo e como se manifesta

O bruxismo é uma atividade muscular parafuncional — ou seja, não relacionada às funções normais da mastigação, fala ou deglutição. Ele pode ocorrer:
  1. Durante o sono: muitas vezes sem que a pessoa perceba, mas perceptível por parceiro(a) ou em exames como a polissonografia.
  2. Durante a vigília: em momentos de concentração, tensão ou ansiedade, com apertamento consciente ou inconsciente dos dentes.
  3. Dentistas tem ajudado na identificação ao notar em seus pacientes desgastes, quebras e trincas em dentes. 
Os sintomas mais comuns incluem:
  1. Dor ou fadiga muscular na face, mandíbula e pescoço.
  2. Desgaste visível nos dentes.
  3. Sensibilidade dentária.
  4. Dores de cabeça, especialmente ao acordar.
  5. Estalos ou dor na articulação temporomandibular (ATM).
A influência da ansiedade e do estresse

O bruxismo tem causas multifatoriais, envolvendo predisposição genética, fatores neurológicos, distúrbios do sono e, principalmente, fatores psicossociais.

Pesquisas da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) indicam que altos níveis de ansiedade e estresse não apenas aumentam a frequência dos episódios de bruxismo, como também intensificam a força aplicada, o que eleva o risco de danos dentários.

Durante períodos de estresse prolongado, como o fim de um ciclo acadêmico ou crises pessoais (ex.: pandemia), há maior ativação do sistema nervoso simpático, responsável pelas respostas de "luta ou fuga". Isso pode gerar hiperatividade muscular involuntária durante o dia ou à noite.

Além disso:
  1. Ansiedade pode causar tensão muscular constante, inclusive na face e mandíbula.
  2. Estresse crônico interfere na qualidade do sono, que, por sua vez, está associada ao aumento do bruxismo.
  3. Insônia ou sono fragmentado reduzem o tempo de sono reparador e favorecem episódios de ranger os dentes.
Consequências: do desgaste à fratura dentária

Geralmente, o bruxismo provoca desgaste progressivo dos dentes, mas em quadros graves pode causar fraturas dentárias ou até mesmo fraturas ósseas.

Outras complicações incluem:
  1. Retração gengival.
  2. Dor crônica na ATM.
  3. Dores cervicais e nos ombros.
  4. Cefaleia tensional.
Casos relatados na mídia e em clínicas odontológicas confirmam que pacientes com bruxismo associado a altos níveis de estresse podem perder parte ou todo o dente devido à força excessiva aplicada durante o ranger.

Abordagem interdisciplinar no tratamento

Por envolver múltiplos fatores, o bruxismo exige uma abordagem multidisciplinar. 

As estratégias mais indicadas incluem:
  1. Odontologia
  2. Confecção de placas oclusais (miorrelaxantes) para proteger os dentes.
  3. Ajuste de mordida e reabilitação dentária, quando necessário.
  4. Psicologia / Psiquiatria
  5. Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para controle de ansiedade.
  6. Terapia cognitivo-comportamental (TCC) para reorganização do ciclo sono-vigília. 
  7. Técnicas de manejo de estresse, como mindfulness e respiração diafragmática.
  8. Fisioterapia / Fonoaudiologia
  9. Exercícios para relaxamento muscular da face e pescoço.
  10. Correção de hábitos posturais.
  11. Medicina do sono
Avaliação e tratamento de distúrbios como insônia e apneia.

A especialista em odontologia do sono Laís Valencise Magri, da USP, ressalta que controlar a ansiedade, melhorar a higiene do sono e identificar o apertamento diurno são passos fundamentais para reduzir o problema.

Dicas práticas para prevenir e controlar o bruxismo
  1. Identifique situações em que você aperta os dentes e relaxe a mandíbula.
  2. Evite cafeína e álcool antes de dormir.
  3. Mantenha rotina de sono regular e ambiente de descanso adequado.
  4. Procure apoio psicológico para manejo da ansiedade.
  5. Consulte o dentista regularmente para avaliação preventiva.
Referências acadêmicas e institucionais

Universidades e Faculdades
  • Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) — Pesquisa sobre relação entre bruxismo, qualidade do sono e ansiedade. Disponível em: repositorio.unifesp.br
  • Universidade de São Paulo (USP) — Estudo transversal associando bruxismo a ansiedade, depressão e pior qualidade do sono. Disponível em: revistas.usp.br
  • Universidade Federal Fluminense (UFF) — Revisão integrativa sobre fatores psicológicos e bruxismo. Disponível em: periodicos.uff.br
  • PUCRS — Pesquisa sobre fatores psicossociais no bruxismo de vigília e do sono. Disponível em: editora.pucrs.br
  • UNIFESO — Revisão literária sobre estresse, bruxismo e DTM. Disponível em: revista.unifeso.edu.br
Órgãos e instituições
  • Hospital Paulista — Relatório sobre prevalência mundial e abordagem do bruxismo. Disponível em: hospitalpaulista.com.br
  • Ministério da Saúde — Diretrizes sobre distúrbios orofaciais relacionados ao sono. Disponível em: www.gov.br/saude
Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente.

26.7.25

🧠💉 Ozempic e Saúde Cerebral: alerta, reflexão e responsabilidade

Psicóloga Mônica Leite Peso Feliz
Imagem feita com apoio da IA

🧠💉 Ozempic e Saúde Cerebral: alerta, reflexão e responsabilidade

Como psicóloga, neuropsicóloga clínica, estudiosa da neurociência do emagrecimento e criadora do programa Peso Feliz, me sinto na responsabilidade ética e humana de comentar esta matéria da Women’s Brain Health Initiative sobre o uso do Ozempic® e seus possíveis efeitos no cérebro.

A reportagem é rica, mas nos convida a pensar para além dos dados clínicos: precisamos refletir sobre o que está por trás da crescente medicalização do emagrecimento e seus impactos na saúde mental e neurofuncional das mulheres — especialmente daquelas em condição de vulnerabilidade emocional, histórica ou alimentar.

📌 Sim, o cérebro é parte essencial do emagrecimento. A obesidade, como mostra a matéria, é cada vez mais reconhecida como um distúrbio neurobiológico, com origem em desregulações no hipotálamo, onde atuam os neurotransmissores da saciedade, recompensa, humor e motivação. Isso é coerente com o que já compreendemos nas Neurociências e na Psicologia da Saúde: emagrecer de forma duradoura envolve reeducar a mente tanto quanto o corpo.

Mas atenção: ao mesmo tempo que esse avanço na compreensão cerebral nos ajuda a combater o estigma da "falta de força de vontade", também nos coloca diante de um risco preocupante de reducionismo biomédico.

💬Muitos medicamentos GLP-1, como o Ozempic®, estão sendo utilizados de forma acelerada e off-label (fora da prescrição aprovada), mesmo sem acompanhamento multidisciplinar, inclusive por mulheres que nem sempre têm diagnóstico de diabetes ou obesidade clínica.

Esse uso não supervisionado pode gerar efeitos adversos à saúde mental: crises de ansiedade, distorções de imagem corporal, dependência emocional da medicação, além de uma falsa ideia de "cura rápida", o que contradiz tudo que promovemos no Peso Feliz — um processo respeitoso, consciente e sustentável de emagrecimento com saúde.

📚 Da perspectiva da Neuropsicologia Clínica, sabemos que mexer com neurotransmissores como dopamina, serotonina e GLP-1 sem um suporte terapêutico pode ter consequências imprevisíveis. A mesma substância que reduz o apetite também pode modular os circuitos de recompensa e prazer, o que levanta questões sérias sobre possíveis quadros de apatia, compulsão transferida ou dependência cruzada (alimentar, emocional ou até química).

Por outro lado, a esperança de que a semaglutida possa futuramente colaborar na prevenção do Alzheimer ou na cessação do tabagismo é promissora — mas ainda está em fase experimental, e não deve ser tratada como solução universal ou imediata.

📣 Como profissional da Psicologia e mulher cristã preocupada com o bem-estar integral das minhas alunas e pacientes, reforço: não existe pílula para curar as dores emocionais que muitas carregam em seus corpos. Não é o número da balança que define saúde. É preciso aliar conhecimento científico, acompanhamento psicológico, espiritualidade saudável e estratégias neurocomportamentais comprovadas para reeducar hábitos com amor, consciência e dignidade.

Se você está cogitando o uso de medicamentos como Ozempic® ou similares, converse com seu endocrinologista ou médico especializado de de confiança, e acima de tudo, ouça seu corpo e sua história com respeito e responsabilidade.

✨ Se você deseja emagrecer com saúde, consciência e equilíbrio emocional, te convido a conhecer o Peso Feliz — um caminho de transformação que respeita sua mente, seu corpo e sua história. 💚


Vamos juntas priorizar a saúde do cérebro, da alma e do coração. 💚

Com carinho e respeito. 


Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente

🎬 Filme Anora: O impacto da prostituição na saúde mental de jovens mulheres

Psicóloga Monica Leite Saúde Mental das Mulheres Mais vulneráveis

🎬Filme Anora: O impacto da prostituição na saúde mental de jovens mulheres

🎬 O que você precisa saber sobre o filme Anora

Anora (2024) é um drama com toques de comédia dirigido, escrito e editado por Sean Baker. Protagonizada por Mikey Madison, que vive Anora “Ani” Mikheeva, uma dançarina exótica hospedada em Brighton Beach, Brooklyn — uma comunidade majoritariamente russo-americana.

Ani, de 23 anos, trabalha em um clube de strip-tease e atende clientes regulares quando conhece Ivan “Vanya” Zakharov (Mark Eidelshteyn), o filho imaturo e privilegiado de um oligarca russo. Fascinado, ele paga US$ 15 mil para que ela seja sua acompanhante por uma semana. Durante uma viagem improvisada a Las Vegas, Ivan propõe casamento — impulsivamente e sem pensar nas consequências. Ani, aceita a proposta e acredita que agora será uma esposa, e que sua vida irá mudar e criar diversas fantasias a partir desta experiencia. 

O casório improvisado transmite uma falsa esperança de ascensão social, mas cria um verdadeiro conflitos quando os pais de Ivan descobrem o casamento. Eles viajam aos Estados Unidos para anular a união, contratando intermediários impetuosos para desmontar o que Ani via como uma fuga da marginalização.

A narrativa mistura romance, humor e críticas sociais — criando um "conto de fadas às avessas". À medida que o casamento se desfaz, Ani confronta a desigualdade de poder e descobre até que ponto o privilégio, o preconceito, o poder e o dinheiro pode corroer a esperança. O filme equilibra cenas de comédia física com momentos sensíveis, revelando uma protagonista que luta por dignidade em meio ao caos.

Psicóloga Monica Leite Saúde Mental das Mulheres Mais vulneráveis

🏆 Premiações e reconhecimento
  • Palma de Ouro no Festival de Cannes — maio de 2024
  • Óscar 2025: ganhou cinco estatuetas principais — Melhor Filme, Direção (Sean Baker), Roteiro Original, Edição e Melhor Atriz (Mikey Madison)
  • Mini‑blockbuster independente, com orçamento modesto (cerca de US$6 milhões) e arrecadação de cerca de US$60 milhões
✨ Temas centrais
  • Exploração social e econômica das mulheres — especialmente aquelas marginalizadas e que trabalham no sexo.
  • A humanização da protagonista como sujeito, não objeto.
  • Crítica à desigualdade de classes e ao poder do dinheiro.
  • Um olhar sensível e respeitoso sobre a vida nas margens da sociedade americana
Psicóloga Monica Leite Saúde Mental das Mulheres Mais vulneráveis

1. Apresentação e contexto

Conhecer a trajetória de vida dessas jovens — pobreza, baixa escolaridade, violência prévia — é essencial para compreender por que ingressam na prostituição como estratégia de sobrevivência em contextos de exclusão social. Muitas vezes enfrentam exploração, objetificação sexual e são vistas apenas como mercadorias para consumo, o que agrava sua dor emocional.

2. Motivações e vulnerabilidades

Estudo brasileiro em Minas Gerais mostra que mais de 57% dessas mulheres apresentavam transtornos mentais comuns (TMC) — especialmente entre aquelas com baixa escolaridade e histórico de violência física precoce.

Perfil típico: mulheres com até 30 anos, sem ensino fundamental completo, iniciando há poucos anos no trabalho, muitas exercendo na rua e em condições informais e precárias. 

3. Riscos mentais, físicos, sociais e morais

Violência física e sexual: em contexto global, 74‑82% das prostitutas reportam já terem sido vítimas de violência desde que ingressaram na atividade; 55‑63% dos casos foram cometidos por clientes.

Violência psicológica: cerca de 78% relataram abuso emocional/verbal, humilhação e controle coercitivo.

Consequências mentais: prevalência de depressão (~42 %), ansiedade (~21 %), PTSD (~20 %), ideação suicida (~23 %), tentativa de autoagressão (~6 %) em países de renda média/baixa (LMICs) em meta-análise com quase 19 000 mulheres (PMC).

Efeitos subjetivos relatados incluem vergonha, inutilidade, auto‑ódio, dissociação e dificuldades em estabelecer vínculos íntimos seguros.

Auto-objetificação - a sensação de que não é um ser humano digno de valor e respeito e pode ser tratada de qualquer forma desde que tenha algum benefício em especial o financeiro. 

4. Estigma e discriminação

O estigma moral e de gênero reduz o acesso a serviços de saúde mental e sexual. Muitos evadem atendimento por medo de julgamento ou maus-tratos (SciELO Brasil).

Estigma leva à invisibilidade: apesar de políticas como PAISM e SUS, a prostituta muitas vezes é excluída do atendimento por falta de políticas específicas e por discriminação institucional (SciELO Brasil).

5. Perspectiva teológica e social

Teologicamente, a dignidade humana deve ser restaurada: reconhecer essas mulheres como sujeitos que fizeram escolhas em um contexto de opressão e vulnerabilidade.

A abordagem cristã ética incentiva a empatia, acolhimento e reconciliação, não condenação – buscando promover esperança, valor próprio e possibilidades de recomeço.

6. Intervenções possíveis: Igreja e serviços de saúde mental

Serviços de saúde mental

É urgente criar protocolos especializados (como para vítimas de tráfico ou abuso) que integrem psicologia, psiquiatria nutricional, apoio social, prevenção de abuso de substâncias e proteção legal.

Investir em intervenções específicas: grupos de apoio psicológico, rede de acolhimento, tratamento do TEPT, depressão, abuso de álcool e drogas.

Ação da Igreja

Hospedagem de acolhimento humanizado: abrigo seguro que proporcione cuidado integral.

Orientação vocacional com foco em capacitação e autonomia, fomentando autoestima e empoderamento.

Pastoral de prevenção ao tráfico e exploração — atuando para reduzir a demanda e promover justiça.

Espaços de escuta afetiva e espiritual, ligados à fé cristã, que apoiem a reconstrução emocional.


Psicóloga Monica Leite Saúde Mental das Mulheres Mais vulneráveis

7. O filme Anora e a exploração sexual de mulheres jovens

Filme como Anora podem ser pontos de partida para refletirmos sobre as jovens que, além da prostituição, enfrentam tráfico sexual, com corpos tratados como mercadoria altamente lucrativa. O filme nos ajuada a pensar nas possibilidades de trajetórias de recrutamento, exploração e objetificação das mulheres por clientes e ação dos traficantes.

8. Vulnerabilidades que favorecem o tráfico sexual

A vulnerabilidade socioeconômica extrema — pobreza, desemprego, baixa escolaridade, violência familiar — é uma das principais portas para o tráfico sexual. Segundo a ONU, 51 % dos casos envolvem abuso dessa condição vulnerável Senado Federal+15IDP Positivo+15PMC+15.

Mulheres jovens, especialmente negras e periféricas, com pouco acesso a educação e sem família ou rede de proteção tornam-se alvos ideais de recrutadores Jus NavigandiPSTU.

Muitas vezes as vítimas nem percebem que são traficadas, são atraidas com promessas de trabalho e dinheiro, crédito facilitado ou apoio emocional inicial mascaram a coerção, e o controle se dá por dívidas, retenção de documentos e proteção financeira RedditJusBrasil.

9. A lucratividade do corpo nessas redes

Os traficantes exploram sexualmente o mesmo corpo por vários anos, gerando lucros repetidos e contínuos. É um modelo de "mercadoria viva" que excede a prostituição informal.

O tráfico tem retorno financeiro gigantesco: cerca de US$ 32 bilhões anuais globalmente, com cerca de 85 % provenientes da exploração sexual JusBrasil+7Jus Navigandi+7Reddit+7.

Estima-se que no Brasil milhares de mulheres são traficadas interna ou internacionalmente para esse fim: o país é um dos maiores exportadores de vítimas no continente Jornal de Brasília+2PSTU+2Wikipédia+2.

10. Riscos e danos à saúde mental, física e emocional

Violência e controle físico

Vítimas traficadas enfrentam níveis extremos de violência física e sexual desde o ingresso ao sistema. Isso inclui tortura, estupros repetidos, ameaças constantes e controle coercitivo PMCPMCWikipedia.

Táticas como privação de sono, uso forçado de drogas e isolamento reforçam fragilidade emocional e submissão Jus Navigandi+9Wikipédia+9Reddit+9.

Danos à saúde mental

Altíssima prevalência de depressão (54 %–100 %), ansiedade (48 %–97 %), PTSD (até 77 %) entre sobreviventes após libertação PMC.

Sintomas dissociativos como “desligamento” emocional e falta de conexão corpo-mente são comuns, funcionando como estratégia de sobrevivência, mas recriam sofrimento a longo prazo Revista FT.

A sensação de impotência aprendida (“learned helplessness”), culpa, auto‑ódio, desesperança e ideação suicida são recorrentes, especialmente em contextos privados e isolados WikipediaWikipédia.

Consequências físicas e sociais

Sintomas físicos persistentes: dores de cabeça, nas costas, distúrbios de memória, problemas gastrointestinais, infecções sexualmente transmissíveis, inclusive HIV (até 32 %) PMCWikipédia.

Marginalização e estigma dificultam acesso à saúde mental, educacional e oportunidades sociais — perpetuando o ciclo de vulnerabilidade e exclusão econômica Jornal de Brasília+1PSTU+1.

Reflexão teológica e psicológica: Dignidade e recomeço.

Tecendo estratégias de acolhimento inspiradas na teologia cristã, reconheça essas mulheres não como objectos, mas como pessoas feridas, dignas de amor e reconciliação. A ética cristã ensina empatia e justiça restaurativa: as vulnerabilidades não anulam os direitos humanos fundamentais.

O corpo é sagrado, é um templo da morada divida, e as condições de exploração revelam uma profunda injustiça que precisa ser denunciada, enfrentada e transformada.

A igreja e os serviços de saúde mental devem oferecer ações integradas de apoio e restauração socioemocional, incluindo ações comunitárias e acesso a direitos.  

Protocolos humanizados que envolvam psicólogos, psiquiatras, especialistas em trauma e psiquiatria nutricionale síndrome de impotência aprendida, doenças e estigma, em conjunto com respaldo legal e social.

Intervenções de longo prazo: grupos de apoio, terapia cognitivo-comportamental adaptada ao trauma complexo, prevenção de recaídas e uso de substâncias, e reconstrução da autoestima.

Ações de acolhimento com dignidade: abrigo seguro, escuta afetiva e acompanhamento espiritual, educação e capacitação.

Parcerias entre igreja, ONGs e serviço público para combate ao tráfico e apoio às vítimas — orientadas por valores cristãos de compaixão e resiliência.

Campanhas de conscientização e prevenção ao tráfico nas redes sociais, periferias e escolas, especialmente focadas em jovens vulneráveis.

Acima de tudo, levar ao conhecimento destas mulheres o amor superior e restaurados de JESUS CRISTO, o Deus-Homem que sempre valorizou e defendeu as mulheres, que são alvos das trevas e daqueles alinhados a elas. 

📝 Indicação de referências

Estudos nacionais

Vidal et al. (2014): estudo com 216 profissionais do sexo em Minas Gerais e localização de TMC em 57,9 % (Wikipédia).

Estudo de Minas Gerais: 57,9 % das prostitutas com transtornos mentais comuns; maior risco se baixa escolaridade ou histórico de violência Jus Navigandi+3Wikipédia+3Jus Navigandi+3.

Silva et al. (2010), Campina Grande‑PB: sofrimento psicológico associado à iminência da violência e à discriminação (SciELO Brasil).

Gênero, estigma e saúde (dessas mulheres e exclusão na política de saúde pública) (SciELO Brasil).

Produções sobre tráfico e exploração sexual evidenciam relação entre vulnerabilidade econômica e recrutamento fraudulento ou coação Wikipédia.

Estudos internacionais

Beattie et al., PLOS Med (2020): meta-análise com dados de 56 estudos em 17 países LMIC sobre depressão, ansiedade, PTSD, suicídio (PMC).

Martín‑Romo et al., Acta Psychiatrica Scandinavica (2023): revisão sistemática “Invisible and Stigmatized” aponta depressão 50‑88 %, ansiedade 13‑51 %, PTSD até 39,6 % (Wikipédia).

Estudos de Melissa Farley (entrevista em 9 países): 71 % foram agredidas fisicamente, 63 % foram estupradas, 68 % apresentaram PTSD (Wikipedia).

Revisão PCM: prevalências altíssimas de depressão, ansiedade e PTSD entre sobreviventes de tráfico sexual Wikipédia.

Estudos sobre trauma complexo, dissociação e aprendizados defensivos emocionais em vítimas Revista FTWikipédiaWikipedia.

Revisão Invisible and Stigmatized, ActaPsychiatica Scandinavica: depressão 50‑88 %, ansiedade 13‑51 %, pestic 10‑40 % em trabalhadores do sexo com ou sem tráfico Wikipédia.


Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente

25.7.25

SAÚDE MENTAL E ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DE TERAPIAS ALTERNATIVAS

Monica Leite - Psicóloga
Imagem gerada com apoio da IA

SAÚDE MENTAL E ORIENTAÇÕES SOBRE O USO DE TERAPIAS ALTERNATIVAS

ORIENTAÇÕES PARA PACIENTE E FAMILIARES SOBRE O USO DE TERAPIAS ALTERNATIVAS

Prezada paciente/cliente.

Durante o tratamento para XXXXX, é muito importante manter uma conduta terapêutica responsável, baseada em evidências científicas, priorizando os tratamentos convencionais recomendados pelas diretrizes nacionais e internacionais de saúde mental — ou seja, a Psicoterapia e Psiquiatria, estas já foram validadas pela ciência da saúde mental.

Sabemos que muitas pessoas buscam também terapias alternativas ou complementares, como a hipnose, acupuntura, meditação, florais ou práticas religiosas e integrativas, em geral

No geral, nós, os psicólogos, consideramos a importância da espiritualidade e religiosidade como parte das vivências humanas (https://www.hu.usp.br/wp-content/uploads/sites/340/2018/03/Cartilha-PsiRel-Inter-Psi-USP-2018.pdf). No entanto, recebemos orientações técnicas sobre a importância de evitar indicação de tratamentos alternativos, em especial sem embasamento cientifico.

Embora algumas dessas abordagens alternativas possam oferecer bem-estar subjetivo e alívio pontual de sintomas, ou até mesmo fazer sentido particular para muitas pessoas, é essencial ter alguns cuidados importantes:

⚠️ 1. Não substitua os tratamentos convencionais
A hipnose, por exemplo, não deve substituir a psicoterapia estruturada nem o acompanhamento psiquiátrico. A interrupção precoce de medicamentos ou da terapia pode agravar o quadro clínico.

📚 2. Verifique se a abordagem é baseada em evidências
A hipnose clínica pode ser utilizada como técnica complementar em alguns casos específicos, mas sua eficácia ainda é limitada a certos contextos e depende da formação técnica do profissional. Sempre questione: Existe respaldo científico confiável? O profissional segue orientações éticas e reconhecidas?

🧠 3. Entenda os riscos emocionais e cognitivos
Técnicas como hipnose podem gerar falsas memórias, dependência emocional do terapeuta ou dissociação psíquica, se aplicadas por pessoas não capacitadas. Em quadros de depressão moderada a grave, práticas que alterem o estado de consciência devem ser evitadas ou supervisionadas.

🩺 4. Informe sua equipe de saúde
Sempre comunique seu psicólogo e seu psiquiatra caso deseje experimentar qualquer abordagem complementar. Isso evita interferências negativas entre terapias e possibilita um acompanhamento mais integrado e seguro.

🧘‍♀️ 5. Prefira práticas reconhecidas e seguras
Algumas abordagens podem ser integradas com mais segurança, como:
  • Técnicas de atenção plena (mindfulness) baseadas em TCC
  • Exercícios físicos regulares
  • Alimentação saudável e funcional – guiada por Nutricionistas.
  • Terapias criativas (arteterapia, musicoterapia, desde que conduzidas eticamente)
  • Espiritualidade saudável, desde que respeite sua crença pessoal e não imponha ou reforce sem nenhum sentido prático e moral a culpa, medos, vergonhas ou dogmas nocivos, pois ainda que estes fenômenos façam parte da vida, mal gerenciados pioram os quadros de saúde mental. 
✅ Em resumo:

Seu bem-estar emocional depende de um cuidado estruturado, contínuo e baseado em ciência. Terapias alternativas não são proibidas, mas devem ser usadas com prudência, como complemento — e nunca como substituição dos tratamentos convencionais.

Cuidar da saúde mental exige responsabilidade, sensibilidade e escolhas bem orientadas.

Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente

Modelo de carta para ativar o Círculo de Apoio de pacientes-clientes com risco de suicídio

Monica Leite - Psicóloga
Imagem gerada com apoio da IA

Modelo de carta para ativar o Círculo de Apoio de pacientes ou clientes com risco de suicídio

Diante de pacientes-clientes com risco de suicídio, entre as diversas intervenções que devem ser realizadas uma das mais importantes é ativar o círculo de APOIO, sempre com a ciência do paciente-cliente. É nosso dever preservar a vida acima de tudo. 

Mensagem ao Círculo de Apoio

Prezados(as),

Estamos acompanhando, a-o XXXXXXX, em um momento delicado de sua saúde emocional, com manifestações compatíveis com quadro xxxxx grave, incluindo pensamentos ruins ou ataques contra a própria vida. Diante disso, gostaríamos de contar com o apoio e a colaboração de vocês, que fazem parte de seu círculo mais próximo e significativo.

É fundamental que observem atentamente mudanças em seu comportamento, humor e falas, e que a o encorajem – com empatia e sem julgamento – a manter regularmente os tratamentos indicados, tanto na Psicologia quanto na Psiquiatria. 

E sempre que for necessário buscar emergência em saúde mental. O acompanhamento contínuo é essencial para a estabilização do quadro e para sua segurança.

Pedimos também que:
  • Evitem minimizar ou invalidar seus sentimentos. Mesmo que não compreendam totalmente, estejam presentes de forma respeitosa.
  • Mantenham um canal de comunicação aberto e acolhedor, sem pressão ou cobranças excessivas.
  • Ofereçam suporte prático e emocional, reforçando que ela não está sozinha e que há caminhos possíveis para melhora.
  • Fiquem atentos a falas de desesperança, despedidas, cartas e bilhetes ou comportamentos de isolamento extremo. 
  • Muitas vezes quando demonstram melhora no quadro clinico é quando eles tem mais força e coragem para fazer ao contra a própria vida. 
  • Se houver sinais de risco iminente, acionem imediatamente os serviços de emergência (SAMU 192 ou CVV 188).
  • Busquem sempre orientação de profissional especializado em saúde mental. 
Aproveito para reforçar um ponto importante: cuidar de alguém em sofrimento emocional pode ser desafiador e, por isso, vocês também devem cuidar de si. Não se culpem por não terem todas as respostas. O importante é caminhar juntos, com compaixão e compromisso.

Caso queiram conversar ou tirar dúvidas sobre como apoiar da melhor forma, ficamos à disposição dentro dos limites éticos e do sigilo profissional.

Com apreço e responsabilidade,




Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente

Hospital Dia: Modalidade Intensiva de Tratamento para Saúde Mental

Monica Leite - Psicóloga
Imagem gerada com apoio da IA

Hospital Dia: Modalidade Intensiva de Tratamento para Saúde Mental

Hospital-Dia uma modalidade de tratamento de saúde que se caracteriza por:

Atendimento Parcial: O paciente recebe cuidados e terapias intensivas durante o dia, sem a necessidade de internação noturna ou nos fins de semana. Ele retorna para casa após as atividades, mantendo seu convívio familiar e social.

Público-alvo: Geralmente, é indicado para pacientes que precisam de um nível de cuidado mais intensivo do que o ambulatorial, mas que não necessitam de internação hospitalar integral. Isso pode incluir pessoas com transtornos psiquiátricos, dependência química, idosos com descompensações clínicas agudas, ou pacientes em reabilitação.

Propósito: 

Alternativa à Internação Integral: Serve como uma opção menos restritiva e mais humanizada em comparação com a internação tradicional, buscando desinstitucionalizar o cuidado.

Reabilitação e Reinserção Social: Visa a recuperação funcional do paciente, o fortalecimento de seus laços sociais e familiares, e sua reintegração à sociedade.

Redução de Custos e Riscos: Pode reduzir os custos do tratamento e os riscos de infecções hospitalares associados a internações prolongadas.

Equipe Multidisciplinar: Oferece um tratamento abrangente com a participação de diversos profissionais, como psiquiatras, psicólogos, terapeutas ocupacionais, entre outros.

O que é um Hospital-Dia de Saúde Mental?

Um hospital-dia é um modelo de tratamento em saúde mental que oferece cuidado intensivo durante o dia, sem a necessidade de internação integral 24 horas. O paciente frequenta a unidade durante o período diurno para receber diversas terapias e atividades, retornando para sua casa à noite e/ou nos fins de semana.

As principais características e objetivos de um hospital-dia são:
  • Alternativa à internação integral: Ele surgiu após a reforma psiquiátrica como uma opção para desinstitucionalizar o cuidado, buscando evitar a reclusão e a marginalização do paciente.
  • Foco na reabilitação e reinserção social: O objetivo principal é ajudar o paciente a recuperar suas funcionalidades, fortalecer vínculos sociais e familiares, e se reintegrar à sociedade.
  • Equipe multidisciplinar: O tratamento envolve diversos profissionais, como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais, entre outros.
  • Abordagem terapêutica diversificada: As atividades podem incluir psicoterapia individual e em grupo, oficinas terapêuticas (arte, culinária, etc.), psicoeducação, atividades físicas, entre outras.
  • Manutenção do convívio familiar e social: O paciente não se desconecta completamente de seu ambiente familiar e social, o que é visto como um fator importante para a recuperação.
Implicações da Triplicação das Internações

A triplicação das internações em hospitais-dia, como apontado pela Folha de São Paulo, pode ter diversas implicações:
  1. Maior busca por tratamento: Um aumento pode indicar que mais pessoas estão buscando ajuda para problemas de saúde mental, ou que o acesso a esses serviços está melhorando.
  2. Reconhecimento da eficácia do modelo: O crescimento pode refletir a percepção de que o hospital-dia é um modelo eficaz e menos disruptivo para o paciente e sua família, comparado à internação integral.
  3. Desafios para o sistema de saúde: O aumento da demanda exige maior investimento e estrutura para garantir que o sistema de saúde, tanto público quanto privado, consiga oferecer atendimento de qualidade e em quantidade suficiente.
  4. Mudança de paradigma no tratamento: Reforça a transição de um modelo manicomial para um modelo mais humanizado e baseado na comunidade, onde o foco está na autonomia e na reinserção social do indivíduo.
  5. Aumento de transtornos mentais: Embora o hospital-dia seja uma alternativa, dados mais recentes também apontam um aumento geral nas internações por ansiedade, depressão, quadros psicóticos e estresse no Brasil, o que pode estar contribuindo para a maior procura por todos os tipos de tratamento em saúde mental.
É importante ressaltar que, apesar dos benefícios, o hospital-dia não é indicado para todos os casos. Pacientes em crise grave ou que representam risco para si ou para outros podem necessitar de internação integral.

Essa tendência mostra a crescente necessidade de atenção à saúde mental no Brasil e a busca por modelos de tratamento mais integrados e focados na qualidade de vida dos pacientes.


Referências de apoio

Hospital-dia: para quem e para quê?


Contribuição dos hospitais-dia de psiquiatria no campo da saúde mental em Quebec


A importância do Hospital-dia de Psiquiatria no Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo


Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente

Psicoeducação: Maconha e os Efeitos do THC no cérebro

Mônica Leite - Psicóloga
Imagem feita com apoio da IA

Psicoeducação: Maconha e os Efeitos do THC no cérebro. 

A abordagem da maconha deve ir além do viés religioso, moral ou criminal. A psicoeducação baseada em evidências é essencial para a prevenção, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. Profissionais de saúde mental devem esclarecer riscos, acolher dúvidas com escuta ativa e empática, e orientar decisões conscientes, sem reforçar estigmas.

1. Introdução

A maconha (Cannabis sativa) é a substância ilícita mais consumida no Brasil e em diversos países, especialmente entre jovens e adultos com idades entre 18 e 24 anos, de acordo com dados da Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (SENAD) e do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID). O consumo entre adolescentes (12 a 17 anos) é menor, mas preocupante devido à vulnerabilidade cerebral nesta fase da vida.

A planta contém mais de 400 compostos químicos, sendo o tetra-hidrocanabinol (THC) o principal responsável pelos efeitos psicoativos.

2. Efeitos Psicológicos e Cognitivos do THC

O impacto do THC sobre o sistema nervoso central varia conforme a dose, frequência, idade de início, predisposição individual a transtornos mentais e contexto sociocultural do uso. Estudos conduzidos pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e pela Universidade de Brasília (UnB) apontam que, ainda que algumas pessoas relatem sensação de relaxamento, euforia ou alteração sensorial (sons mais agradáveis, cores mais vívidas), outras podem vivenciar:
  • Ansiedade intensa, paranoia, ataques de pânico;
  • Confusão mental e alterações de percepção da realidade;
  • Efeitos adversos graves em altas doses, como alucinações visuais, auditivas e sinestésicas (por exemplo, sensação de insetos no corpo ou visões religiosas intensas);
  • Alteração da coordenação motora e do tempo de reação, o que torna perigosa qualquer atividade que exija atenção plena, como dirigir, nadar ou operar máquinas.
Exemplo prático: Um jovem que consome maconha e decide dirigir à noite pode subestimar distâncias ou não reagir adequadamente a um pedestre atravessando a rua, colocando a sua própria vida e de outras  pessoas em risco.

3. Uso Crônico e Consequências a Longo Prazo

Pesquisas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e da Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP) demonstram que o uso regular e prolongado da maconha pode acarretar:
  • Comprometimento da memória de curto prazo, atenção, capacidade de julgamento e tomada de decisões;
  • Síndrome amotivacional, caracterizada pela perda de interesse em atividades sociais, acadêmicas e profissionais;
  • Aumento do risco de doenças respiratórias crônicas e câncer de pulmão, devido à presença de alcatrão em níveis semelhantes ou superiores aos do tabaco;
  • Potencial para desenvolvimento de dependência química, especialmente em pessoas que usam a substância para aliviar estresse ou fugir de situações emocionais desconfortáveis.
Exemplo prático: Adultos jovens que consomem maconha para lidar com a ansiedade durante o curso universitário relatam queda no rendimento acadêmico e dificuldade em manter rotinas estáveis, podendo abandonar estudos ou trabalho.

4. Dependência, Síndrome de Abstinência e Comorbidades

A dependência ocorre quando o uso da substância torna-se prioritário na vida do indivíduo. Nessas situações, é comum que a pessoa organize suas atividades em função do consumo e experimente sintomas de abstinência (sintomas que surgem com a interrupção do uso), tais como:
  • Irritabilidade, agitação, sudorese; 
  • Dificuldade para dormir, perda de apetite;
  • Sintomas físicos leves, como náuseas e desconforto gastrointestinal;
  • Em alguns casos, sintomas psicóticos transitórios (alucinações auditivas e visuais).
O uso continuado, principalmente entre pessoas com predisposição genética, pode precipitar ou agravar transtornos psiquiátricos como esquizofrenia, transtorno bipolar, ansiedade e depressão.

5. Conclusão e Considerações

A abordagem da maconha deve ir além do viés religioso, moral ou criminal. A psicoeducação baseada em evidências é essencial para a prevenção, especialmente entre adolescentes e jovens adultos. Profissionais de saúde mental devem esclarecer riscos, acolher dúvidas com escuta ativa e empática, e orientar decisões conscientes, sem reforçar estigmas.

Campanhas públicas, programas de prevenção e políticas integradas são fundamentais. Iniciativas como o GREA (Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas da USP) e a UNIFESP – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas (UNIAD) oferecem materiais educativos de alta qualidade e gratuitos.

Fontes e Referências

Carlini, B. H. (2011). Drogas: cartilha sobre maconha, cocaína e inalantes. Brasília: Ministério da Justiça – SENAD. https://febract.org.br/portal/wp-content/uploads/2020/04/Cartilha-sobre-maconha-coca%C3%ADna-e-inalantes.pdf

GREA – Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas – USP. Disponível em: https://www.grea.org.br

UNIAD – Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas – UNIFESP. Disponível em: https://www.uniad.org.br

CEBRID – Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas. https://www.cebrid.com.br

Universidade de Brasília (UnB), Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas.

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Departamento de Psicobiologia.

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Programa de Pós-graduação em Psiquiatria e Ciências do Comportamento.

Mônica Leite
Psicóloga CRP/SP 0691797
Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental e Neurociências
Gran Master em Neuropsicologia Clínica, Hipnose e Saúde Emocional
Criadora do programa Peso Feliz – Emagrecimento Consciente, Saudável e Sustentável e Mulher Digna - Fé e Renda no Digital

Nota de transparência:

Esta pesquisa inicial foi realizada por mim, e contei com o apoio de inteligência artificial para organizar o conteúdo e estruturar o texto. Todo o material foi revisado antes da publicação. Caso identifique qualquer informação incorreta ou desatualizada, entre em contato para podermos corrigir prontamente

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